domingo, 27 de novembro de 2011

DESMATAMENTO DAS FLORESTAS e Fome Mundial...



« A expansão da pecuária no Pará, que abrigava (quando o presente artigo foi escrito, há alguns anos atrás) o quarto rebanho do Brasil com 18 milhões de bovinos, é uma das causas das ocupações das terras e do desflorestamento das florestas públicas. Segundo o jornal Estado de São Paulo, eram abatidos até 3000 bovinos por dia nos entrepostos frigoríficos do sul do Estado.

Em uma outra região do Pará, na Terra do Meio, situada no sudeste do estado, 60.000 hectares de floresta já foram devastados nos últimos anos; sendo que 10.000 ha desde o começo do ano passado em questão...

Agosto de 2003 a Agosto de 2004: O Brasil perdeu mais de 26000 km quadrados da Floresta Amazônica!.


Sim... já notamos essas coisas há alguns anos, e já as denunciamos por escrito:
Em uma carta datada de  18/03/03 (Culture Net 2013, Mensagem n°2 "O vegetarianismo e sua influência mundial (noções de base)”
 DaneelOlivaw13@aol.com  escreveu:

    << Para alimentar os animais ocidentais cujas carnes serão destinadas a nossos restaurantes, mac-donalds e cozinhas familiares, ... o Brasil foi obrigado a aumentar de 400% suas exportações de Soja entre 1977 e 1980, enquanto que, concomitantemente, 10.000 crianças morriam de fome por ano, e que, as estatísticas apontavam, oficialmente, (!), 38 milhões de subnutridos...
    No Senegal, a cultura do amendoim feita para alimentar os animais da pecuária substitui a cultura de  lavouras familiares  que alimentavam a população local. De 1980 à  1988 mais de 65.000 crianças morreram de fome anualmente, e isso em uma população que contava com apenas 4,54 milhões  de habitantes... Enquanto isso, na Tailândia, 90% da produção de mandioca, principal recurso do país, foram exportados para alimentar os animais cujas carnes eram destinadas á alimentação patogênica e degenerativa dos escravagistas ocidentais...
Durante esse tempo, 50.000 crianças morriam de fome na Tailândia, país que possuía então apenas 5,1 milhões de habitantes...
60% da  produção ocidental de bovinos ‘consome’  a produção pesqueira chilena e peruana, enquanto que, entre 1980 e 1985, 48.000 crianças morriam no Chile e
 90.000 crianças morriam diretamente ou indiretamente de Fome!...
Em todos estes países, milhares de camponeses são expropriados de maneira brusca para que suas terras possam ser utilizadas para cultivos destinados à exportação, e tudo isso é feito com o consentimento, mesmo com o apoio dos governos dos países industrializados, então, evidentemente, com a cumplicidade de todos os cidadãos ocidentais!!! (...)

    Apenas nos Estados Unidos, a indústria da carne é responsável pela perda de 85% da camada fértil do solo. Ela utiliza cerca de metade da água do país e produz vinte vezes mais excrementos que toda população americana, o que aumenta, obviamente, a poluição da terra e da água, enquanto o ar é submetido a uma carga cada vez maior de metano.

    Você sabia que o gado americano sozinho come quantidades astronômicas de cereais e soja, quantidades estas que poderiam alimentar cinco vezes a população dos Estados Unidos? (...)
Em uma análise ainda diferente, um esquema feito há alguns anos por Joël de Rosnay ilustra o problema da “energia”!!!...
“Em 1974, se os americanos tivessem comido 35% menos carne, 32 milhões de hectares de terra que serviram para alimentar a pecuária, teriam sido liberados, e ali poderia se ter plantado soja em 5% da superfície para restituir aos americanos as proteínas das quais precisariam.  No resto de 95% da superfície, poderia se ter plantado vegetais que crescem rapidamente. Tal biomassa teria alimentado 255 centrais térmicas de 1000 Mégawatts, ou seja, a potência total em eletricidade instalada nos Estados Unidos naquele ano!... (E poderíamos adaptar à vontade esses números aos dados franceses ou mesmo europeus!...) (...)
«  Por um simples hamburger envolvido em dois pedaços de pão branco, é necessário transformar cinco metros quadrados de floresta virgem em pasto ! Globalmente, os Estados Unidos transformam por dia 1.000 toneladas de boi em hambúrgueres... Isso significa o desflorestamento acelerado de regiões inteiras da América do Sul e da América Central. O fenômeno é impressionante: 25 milhões de seres humanos se ‘dedicam’ a cada dia, através do consumo passivo de  hambúrgueres a destruírem massivamente o meio ambiente.”  (...)

Por exemplo, a Costa Rica
“Suíça da América Latina” era recoberta por cerca de 72% de florestas em 1950, ou seja, 37 000 km quadrados. Quando este texto foi escrito, esta superfície é de apenas 26 % e 60.000 hectares  são destruídos por ano. O gado invadiu as áreas desflorestadas: “quando as carcaças dos animais rumam para os Estados Unidos ou para a Europa, a preços ridiculamente baixos, enquanto que para a população local os preços são altíssimos, os solos do país já estão enfraquecidos e em vias de desertificação!(...)

No primeiro ano após o desflorestamento, é preciso contar com um hectare de prado para alimentar uma cabeça de gado. Cinco anos depois, de cinco a sete hectares não são suficientes. E cinco anos mais tarde, o solo tornou-se definitivamente estéril!(...)

Concretamente, não é a Dietética que tornará o homem sadio, mas nós homens, devemos tornar a Dietética sadia, quer dizer, não apenas uma ciência idealista e portadora de uma consciência coletiva, mas igualmente forte economicamente e socialmente, permitindo uma reconstrução fundamental de todos os circuitos e setores das atividades que tocam de perto ou de longe o ato da alimentação.
Visão utópica, segundo alguns, mas afirmo que é muito mais utópico esperar prosperarmos tranquilos e serenos, tendo como ideal um egoísmo vegetativo, sem sofrer, nos anos vindouros, individualmente e coletivamente a revanche devastadora do crédito que concedemos à indústria!
 (...)
Modificar mesmo que pouco nosso conforto pessoal pode ter um impacto considerável não apenas sobre nossa saúde, mas, sobretudo na coletividade inteira!....



A exploração intensiva da terra e da madeira ocasionou um desflorestamento massivo na América Latina.  Dos 998 milhões de hectares de florestas que existiam em 1970, restavam apenas 958 milhões em 1980, 919 em 1990 e 913 em 1994... Estima-se que 5,8 milhões de hectares da Floresta Amazônica vêm sendo destruídos anualmente. Um fenômeno que toma uma dimensão particular no Brasil, visto que o país alcançou 8% das exportações mundiais de madeira dura em 1995. Este desmatamento progride ano após ano e estudos científicos estabelecem que não vem sendo respeitado o ciclo obrigatório de 25 a 30 anos para que a regeneração das espécies ocorra.



FONTES : Programme des Nations unies pour l’environnement (PNUE) ; Global and Resource Information Database, Grid, Genève, Suisse ; Grid-Arendal, Norvège.




Tradução Livre de Anna Cristina Reis Xavier do documento original que se encontra in:

    

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